Tá tudo pronto, aqui é só vir pegar....a solução é alugar o Brasil?

Vivendo quase que o dia todo na rua acontecem muuuuuuuitas histórias, é como se vivessemos um mês por dia....

Certo dia desses aconteceu uma bem bizarra que mais uma vez caracteriza os valores que são estimulados por aqui nessa vitrine para gringos.
Tinhamos ido trabalhar no farol, como temos feito quase todos os dias, e ao voltarmos encontrei com a Manu que é uma irmã muito bela daqui de São Luis mais uma cidadã do mundo pós-moderno, ela estava numa das praças do Reviver com alguns amigos e eu pedi que ela me esperasse enquanto íamos nos banhar e comer.
Ao voltar ela me contou que havia uma mulher que vendia anéis e outras bijuterias e estava tentando persuadi-la a ir sentar-se com um gringo, que devia ter, no mínimo seus 40 anos e que ele tinha achado a Manu bonita e queria pagar-lhe umas bebidas e que ela se sentasse na mesa com ele. Manu havia dito que estava acompanhada e esperando sua companhia chegar, mas a vendedora replicou assim :
" Sim, dá pra perceber que tu deve ter namorado, mas e daí??? Vai lá, ganha uma grana do gringo, deixa ele te pagar umas brejas, pede pra ele te pagar uns anéis caros comigo, aí nós duas podemos sair ganhando...." eu estou pasmo até agora com a naturalidade que a vendedora respondeu a Manú....
Esse gringo, discursará provavelmente depois a seus amigos chiques europeus sobre a pobreza do Brasil e de como ele através de seu falo composto por euro$ ele teve muitas aventuras com menininhas nesse nosso país....
E eu me pergunto... esse país é nosso mesmo???
Aqui as coisas só funcionam enquanto uma vitrine para os gringos que cospem dinheiro e prepotência. De fato, não consigo conter certo asco que tenho ao ver isso... tanto por parte dos gringos quanto por parte da vendedora, que não estava nem aí se a Manu era maior de idade, nem se Manu estava interessada, ou não............ a única meta é lucro!

Não podemos esperar que aqueles que vivem num mundo baseado somente no valor monetário sejam ativos e parem pra pensar e ter alguma consciência sobre outros valores e sobre nossas próprias vidas... porque o mundo deles não consegue enxergar outros mundos, mas cabe a nós que conseguimos visualizar o mundo deles e outros, sermos agentes transformadores, porque nosso mundo compreende esse mundo baseado em cédulas, moedas, cheques e cartões de crédito, apesar de não concordar.

E aqui vamos seguindo, relatos oculares de um loro na babilônia de São Luis.....
o saudável da globalização é a aceitação e divulgação das diversidades e não a tentativa de padronizar tudo, tendo o dinheiro com único vetor.


Mae.